espacoevoluser.com.br

O que todos os pais de adolescentes precisam saber?

Grandes preocupações com questões de identidade afligem os adolescentes. Perguntas ainda sem respostas como: Quem sou eu? O que estou me tornando? Quem devo ser? Podem gerar muita angústia.

Não se espante, portanto, se o seu filho adolescente lhe parecer exageradamente preocupado consigo mesmo. Ele está numa viagem de descobertas e sempre mudando de rumo, tentando encontrar o caminho certo. Faz experiências com novas identidades, novas realidades, novos aspectos de sua personalidade. Essa exploração é saudável.

Mas o caminho nem sempre é fácil para o adolescente. As mudanças hormonais podem causar inesperadas alterações de humor. As forças negativas do ambiente social podem explorar a vulnerabilidade do jovem ameaçando-o com problemas decorrentes de drogas, violência ou sexo sem segurança.

Entretanto, a exploração prossegue como uma parte natural e inevitável do desenvolvimento humano. Entre as empreitadas importantes que o adolescente enfrenta nesta exploração está a da integração da razão com a emoção.

O jovem está sempre tendo que tomar decisões em que o seu lado humano e altamente sensível é confrontado com sua tendência para o raciocínio lógico e empírico. Obviamente, os pais, gostariam que nossos jovens adolescentes usassem isso em situações em que o coração ouve um apelo e a cabeça, outro. Isso os levaria ao equilíbrio, que será atingido plenamente apenas com a maturidade.

Quando o adolescente vai perdendo o interesse pela família e o relacionamento com os amigos passa ao primeiro plano, ele vai descobrindo quem ele é fora do âmbito familiar, nesse momento é preciso ter em mente que se é difícil para o adolescente encontrar o seu caminho, também é difícil para o adulto ser pai ou mãe de adolescente.

Os pais que até aqui, fizeram papel de administradores da vida dos jovens, organizando quem os leva e quem os busca das festinhas, marcando consultas médicas,dentistas, planejando todos momentos em família e de diversão, procurando a melhor maneira de não os sobrecarregar o adolescente com deveres e estudos e toda a realidade da vida adulta na tentativa de poupar-lhes do sofrimento, sentem-se descartáveis,deixados de lado, sem controle da situação.

De repente tudo muda. Sem aviso prévio e sem consenso, são “demitidos” da função de administradores. E precisam correr, e em tempo recorde preparar uma nova estratégia se quiserem um lugar de importância na vida dos filhos, precisam batalhar para serem “recontratados” mas desta vez numa nova função; a de consultores.

Essa pode ser uma transição extremamente delicada. Um adolescente não contrata um consultor que o faça sentir-se incompetente ou ameace usurpar-lhe o poder. Um adolescente quer um consultor quem possa confiar, que compreenda sua missão e dê conselhos que o ajudem a atingir seus objetivos. E nessa altura da vida, o principal objetivo do adolescente é: tornar-se independente.

Então, como exercer a função de consultor continuando como preparadores e, ao mesmo tempo, dar aos adolescentes a autonomia que um adulto já desenvolvido exige?

Aceite que a adolescência é a época em que os filhos separam-se dos pais, buscam privacidade e respeito ao seu direito à inquietação e ao descontentamento.

Dê espaço para que o adolescente sinta emoções profundas, evitando perguntas óbvias como: “o que há com você?”. Ele pode estar irritado, nervoso ou triste, e esse tipo de pergunta apenas mostra ao jovem que você não aprova esses sentimentos.

Tente não agir como se entendesse tudo imediatamente. Por estar começando a viver, o adolescente costuma achar que suas experiências são únicas. Ouça-o com calma e de cabeça aberta. Saiba que você não precisa aprovar as escolhas do seu filho, basta aceitá-las.

Estimule o adolescente a decidir sozinho e continue sendo seu preparador emocional. Permita que o jovem faça o que ele está preparado para fazer. Essa é a época de ele tomar decisões sobre coisas importantes. Manifeste confiança nos critérios dos jovens e não fique especulando.

Lhe permita errar. Estimular a independência também significa permitir que o jovem tenha decisões insensatas de vez em quando. Lembre-se de que o adolescente pode aprender com os erros tanto quanto com os acertos. Melhor se o jovem puder recorrer a um adulto que se interesse por ele e o aprove, alguém que lhe ensine a lidar com as emoções negativas que o fracasso desperta e a pensar em maneiras de fazer as coisas mais bem feitas no futuro.

O jovem que tem preparo emocional, apresenta maiores possibilidades de ser bem sucedido. O jovem com inteligência emocional, compreende e aceita seus sentimentos e experimentará e desenvolverá novas forma e soluções de problemas. Consequentemente, esse adolescente poderá apresentar também, maior fator de proteção as riscos e as vulnerabilidades que todos os pais temem quando seus filhos entram na adolescência – drogas, delinquência, violência e comportamento sexual de risco.

Publicado por

Curta
Comentários

Comentários do post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima